A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,653 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,966 bilhões, na terceira semana de junho de 2020 – com cinco dias úteis –, como resultado de exportações no valor de US$ 4,31 bilhões e importações de US$ 2,656 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22/6), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
Ano - No ano, as exportações totalizam US$ 96,742 bilhões e as importações, US$ 76,377 bilhões, com saldo positivo de US$ 20,366 bilhões e corrente de comércio de US$ 173,119 bilhões
Análise do mês - Nas exportações, comparadas a média diária até a terceira semana de junho de 2020 (US$ 873,22 milhões) com a de junho de 2019 (US$ 968,74 milhões), houve queda de -9,9%, em razão da diminuição nas vendas na Indústria Extrativa (-24,3%) e de produtos da Indústria de Transformação (-18,3%). Por outro lado, houve aumento nas vendas em Agropecuária (+30,2%).
Redução nas vendas - A queda nas exportações foi puxada, principalmente, pela diminuição nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-39,3%); minério de ferro e seus concentrados (-13,8%); minérios de cobre e seus concentrados (-26,1%); minérios de alumínio e seus concentrados (-26,3%) e outros minérios e concentrados dos metais de base (-1,8%).
Indústria de Transformação - Já em relação aos produtos da Indústria de Transformação, a queda nas exportações foi puxada, principalmente, por carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (-36,0%); aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-81,4%); veículos automóveis de passageiros (-35,7%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (-21,8%); e produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-30,3%).
Importações - Nas importações, a média diária até a terceira semana de junho de 2020 (US$ 530,78 milhões) ficou 22,6% abaixo da média de junho do ano passado (US$ 685,72 milhões). Nesse comparativo, caíram os gastos, principalmente, com Agropecuária (-14,2%), com a Indústria Extrativa (-2,1%) e também com produtos da Indústria de Transformação (-24,3%).
Compras reduzidas - A diminuição das importações foi puxada, principalmente, pela queda dos gastos com a compra dos seguintes produtos da Indústria de Transformação: óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (-53,5%); veículos automóveis de passageiros (-70,5%); partes e acessórios dos veículos automotivos (-54,5%); torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes (-66,3%); e veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais ( -63,1%).
Agropecuária - Com relação a Agropecuária, a queda nas importações foi puxada pela diminuição de compras com pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-52,5%); látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-59,0%); frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-33,0%); milho não moído, exceto milho doce (-96,2%); e Cevada, não moída ( -32,5%). Por fim, a queda nas importações também foi influenciada pela diminuição de compras com os seguintes produtos da Indústria Extrativa: carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-27,5%); gás natural, liquefeito ou não (-20,6%); outros minérios e concentrados dos metais de base (-52,4%); outros minerais em bruto (-13,1%) e minérios de alumínio e seus concentrados ( -95,2%).
fonte: Paraná Cooperativo, com informações do Ministério da Economia