A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) prevê efeitos positivos para os embarques brasileiros de açúcar após o acordo estabelecido na última semana entre o Brasil e o Reino Unido para venda do adoçante.

“A ampliação da cota brasileira tende a gerar efeitos positivos nas exportações", disse a entidade, em nota. “Indiretamente, com o aumento da tariff rate quota (tarifa de importação), as exportações brasileiras poderão também se tornar mais competitivas no fora da cota, à medida que haja ganho na margem do exportador no intracota”, completou a agência, reforçando que faz uma análise técnica do cenário.

Conforme informações oficiais, a cota atualmente válida permite ao Brasil exportar 29,67 mil toneladas de açúcar para o país com tarifas de importação de 82 libras por tonelada no intracota. “Trata-se de imposto de importação muito inferior às 280 libras por tonelada, fora da cota”, afirma a ApexBrasil. Os detalhes do novo acordo ainda não são públicos.

Na nota, a ApexBrasil destacou estatísticas do comércio exterior (ComexStat), do Ministério da Economia, que revelam que as exportações totais de açúcar pelo Brasil, em 2021, somaram aproximadamente US$ 9,2 bilhões. “Deste total, o Reino Unido representou 1,5%, tendo o Brasil exportado US$ 133,7 milhões”, pontua a ApexBrasil.

Segundo a agência, o açúcar mascavo em grânulos, por exemplo, exportado ao Reino Unido sob a classificação de “outros açúcares de cana (SH6 1701.14)” representou 1,6% do total exportado pelo Brasil em 2021. Embora seja pequeno o porcentual, o crescimento anual médio do segmento entre 2017 e 2021 alcançou 75,6% (passando de US$ 13 milhões em 2017 para US$ 123,6 milhões em 2021).

“Em 2022 (até outubro), o Brasil já exportou US$ 101 milhões do produto, um valor 10,2% superior em comparação ao mesmo período de 2021”, afirmou a ApexBrasil.

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