As importações superaram as exportações brasileiras em US$ 1,125 bilhão em janeiro de 2021. Enquanto o total de vendas para o exterior chegou a US$ 14,808 bilhões, as compras bateram US$ 15,933 bilhões. Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (1º/2) pelo subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Alves Brandão.
Os primeiros dados mensais de 2021 da balança comercial brasileira apontam que as exportações registraram um crescimento de 12,4% em relação a janeiro de 2020, com um valor médio de US$ 740,39 milhões. De acordo com Brandão, a exportação deste janeiro foi a maior desde janeiro de 2015, que havia atingido US$ 803 milhões.
Já as importações tiveram alta de 8,3%, também em relação a janeiro do ano anterior, atingindo a marca de valor médio de US$ 796,66 milhões. Assim, a balança fechou com deficit porque o valor médio das importações foi superior ao das exportações
Na exportação, os destaques foram os setores da Indústria Extrativa, que apresentou crescimento de 35,3%, e da Indústria de Transformação, com crescimento de 6%. Na Agropecuária, o desempenho caiu o equivalente a 2,6%. “Estamos na entressafra da soja. Tivemos um baixo movimento agora em janeiro, provavelmente os maiores movimentos vão ocorrer mais para frente este ano”, frisou o subsecretário, que também explicou que, no ano de 2020, as exportações de bens agrícolas aconteceram mais cedo por conta de questões de velocidade de colheita causada por questões climáticas.
Os principais parceiros da exportação brasileira foram a Argentina, com quem as exportações aumentaram em 41,1%, e China, Hong Kong e Macau, com os quais a relação teve aumento de 19,4%. Com os Estados Unidos e a União Europeia as exportações declinaram 4,4% e 5,6%, respectivamente.
Já na importação, o setor da Agropecuária foi destaque, com crescimento de 22,3%. Os setores da Indústria Extrativa e da Indústria de Transformação também cresceram 7,6% e 6,5%, respectivamente. Nessa ação comercial, o único parceiro brasileiro que apresentou destaque positivo foi a Argentina, com aumento de 30,2%. Com os Estados Unidos as importações caíram 1,4%. Com China, Hong Kong e Macau, a queda foi de 26,1% e com a União Europeia, 6%.
fonte: Correio Braziliense, escrita por Natália Bosco (com supervisão de Fernando Jordão)