Fonte: https://comexdobrasil.com/
Estudo lançado hoje pelo do Conselho Empresarial Brasil-China mostra que 72% dos projetos chineses no país no ano passado foram direcionados a iniciativas ligadas à transição energética – o maior percentual registrado na história
Da Redação (*)
Rio de Janeiro – Os investimentos chineses no Brasil somaram US$ 1,73 bilhão em 2023, um aumento de 33% em relação ao ano anterior. Dos 29 projetos confirmados, 72% foram direcionados a energias verdes e setores relacionados – 16 pontos percentuais a mais do que em 2022 e a maior participação registrada desde o início da série histórica em 2007. Essas são algumas das conclusões da pesquisa “Investimentos chineses no Brasil – 2023: novas tendências em energias verdes e parcerias sustentáveis”, a ser lançada hoje (03), às 10 horas, em transmissão ao vivo pelo Zoom, pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com patrocínio do Bradesco Corporate.
O Brasil foi o 9º país que mais recebeu capital produtivo chinês no ano passado. Em anos recentes, países emergentes têm atraído a maior parte do valor investido pela China no mundo, chegando a representar 9 dos 10 principais destinos dos aportes do país asiático em 2023.
Diversas fontes indicam quedas dos investimentos chineses em tradicionais receptores de capital do país, como os Estados Unidos e a Austrália, onde esses aportes caíram 36% e 57%, respectivamente. Por outro lado, os investimentos chineses na Nova Rota da Seda cresceram 37%, impulsionados por iniciativas no setor de energias limpas.
A pesquisa também mostra que os investimentos chineses na América Latina – e no Brasil – têm sido menos intensivos em capital nos últimos anos, mas vêm avançando nas chamadas “novas infraestruturas”, que incluem iniciativas em áreas que estão no centro dos planos de desenvolvimento de Pequim, como energias renováveis, mobilidade elétrica, Tecnologia da Informação, infraestrutura urbana e manufaturas de alto padrão.
Setor de eletricidade lidera investimentos
No Brasil, o setor de eletricidade foi o que mais atraiu investimentos chineses em 2023, com participação de 39%, incluindo projetos em hidrelétricas e energias solar e eólica. Em segundo lugar, o setor automotivo respondeu por 33% do valor aportado – um ganho de participação de 5 pontos percentuais em relação ao ano anterior, mantendo a tendência de investimentos voltados exclusivamente ao segmento de carros elétricos e híbridos, com a continuidade dos projetos da Great Wall Motors (GWM) no estado de São Paulo e a entrada da BYD na Bahia.
É nesse contexto que o estudo do Conselho Empresarial Brasil-China revela diversas oportunidades de atração de novos investimentos chineses no Brasil em áreas ligadas à transição energética e à produção de bens intensivos em energia para exportação, considerando as diversas vantagens comparativas do país, como sua matriz energética limpa, a vasta disponibilidade de água doce, suas reservas de minerais críticos e a distância dos grandes temas geopolíticos contemporâneos.
O lançamento da pesquisa contará com a participação de Ricardo Bastos, Diretor de Relações Institucionais e Governamentais da GWM Brasil, Marcello Von Schneider, Diretor de Veículos Comerciais e Energia Solar da BYD Brasil, Jorge Arbache, Professor de Economia da UnB, e Leandro Borges, Diretor do Bradesco. O autor do estudo, Tulio Cariello, Diretor de Pesquisa e Conteúdo do CEBC, apresentará as principais conclusões da nova edição. O evento será moderado por Cláudia Trevisan, Diretora Executiva do CEBC, e terá a presença do Embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, Presidente do CEBC.
Acesse o estudo na íntegra: https://www.cebc.org.br/download/14097/?tmstv=1725289663
Acompanhe o evento de lançamento do estudo: https://bit.ly/3AFs3Qp
(*) Com informações do CEBC